Em cima, a capa do livro Sangue Violeta e outros contos, editado por el pep -- ver texto e pequeno vídeo -- aqui montada sobre recortes de jornais da época, a ser lançado no festival de Beja -- ver programa no kuentro.
Inclui três histórias, ou contos, ou séries, conforme quiserem, Sabina, publicada no jornal Se7e em 1983, uma segunda história de visitas às praias do Algarve (a primeira foi Cevadilha Speed, 1981, publicado em livro por SIBDP em 1998), e Sangue Violeta, que não é uma história, não é um conto, nem propriamente uma série, em 1984, mas que se envolve com um curto conto, Tax Diver, e que terminará diluindo-se em Karlos Starkiller, numa sucessão de histórias, contos ou séries, como lhe quiserem chamar, que durará até 1986.
Karlos Starkiller (publicado por Baleia Azul em 1997), acabou por sair em livro aproveitando uma proposta revista e aumentada, apresentada dez anos antes à empresa editora do Se7e que considerou na altura "não estar vocacionada para a edição de banda desenhada". Cada conto, ou história, exigiu, uma década depois, uma curta apresentação aos leitores, já esquecidos dos acontecimentos anteriores à queda do Muro de Berlim.
Não se passa o mesmo com Sangue Violeta. Esta é mesmo uma edição arqueológica. Tirando duas alterações, todo o trabalho editorial pertence ao Pepe e ao Brito e segue o mais fielmente possível a ordem da publicação em jornal (e, acreditem, não deve ter sido fácil). Fosse eu a fazê-lo e cairia na tentação de eliminar páginas inteiras e refazer outras, e depois explicar o porquê de tudo o que lá está.
Assim, vão ter direito aos concursos e questionários inconsequentes, aos grafismos toscos, aos concertos punk e às minhas tentativas de reforma ortográfica (sem nunca chegar ao exagero de transformar, como os nossos brilhantes ortógrafos conseguiram fazer, espectador naquele que espeta). A propósito, entenda-se que não vejo grande inconveniente na maior parte das alterações feitas pelo acordo ortográfico. É certo que não vai resolver nada do que se propôs resolver e que vai complicar diferenças que o povo já tinha acomodado, mas estraçalhar as regras da escrita é, quanto a mim, sempre divertido. Em qualquer época ou situação geográfica.
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